Os combustíveis seguem em queda. Pouco mais de dois meses após a mudança na política da Petrobras, os preços dos combustíveis no mercado externo descolaram dos valores praticados pela estatal. Isto é, gasolina e diesel estão mais baratos no mercado interno do que lá fora e passaram a testar a nova estratégia da Petrobras.
Até o último mês de maio, a Petrobras seguia a política de paridade de importação (PPI). Assim, ela equiparava os valores praticados nas refinarias brasileiras aos de importação. Ou seja, o valor do combustível quando chega aos portos do Brasil. Isso inclui custos com frete e seguros, por exemplo. A Petrobras adotou a política por 6 anos, Contudo, em maio, decidiu adotar uma nova estratégia com preços abaixo do PPI.
No primeiro mês, os valores praticados não estiveram tão distantes da importação, mantendo-se cerca de 5% abaixo da paridade. Porém, nas últimas semanas, o valor da gasolina vendida pela estatal está pelo menos 10% abaixo do preço praticado pelos importadores.
Já de acordo com dados da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), na última sexta-feira, a gasolina estava 24% abaixo do preço praticado pelos importadores, o equivalente a cerca de R$ 0,77 por litro. Da mesma forma, o óleo diesel estava 21% mais baixo do preço praticado no mercado externo, ou R$ 0,78 por litro.
A gasolina, por exemplo, ficou mais cara no lugar de onde o Brasil mais importa. Segundo o sócio da Leggio Consultoria, Marcus D’Elia, essa diferença no preço pode ser motivada pela valorização do combustível nos Estados Unidos.
Além disso, uma das preocupações do presidente da Abicom, Sergio Araujo, seria com um possível desabastecimento na segunda quinzena de agosto, pela falta de oferta. Porém, segundo nota da Petrobras, “Não se observa risco de desabastecimento. A demanda nacional vem sendo atendida tanto pela Petrobras, quanto pelos demais produtores e importadores que atuam no mercado brasileiro”.
Fonte: infotruck.